domingo, 11 de julho de 2010

Currículo numa mão e fraldas na outra: Mães de volta ao lar


Sabemos que cada vez mais as mulheres crescem num terreno anteriormente dos homens: o do sucesso profissional. Não ocupam mais cargos abaixo ou empregos de meio expediente para voltarem correndo para casa. Hoje as mulheres concorrem lado a lado com os homens na disputa de cargos altos nas empresas. Por isso mesmo, torna-se cada vez mais difícil conciliar maternidade e carreira em tempos atuais.
A revista Veja desta semana publicou matéria falando da nova mulher que surge, as mães em tempo integral. Ex-executivas, profissionais liberais ou empresárias, elas abandonam suas profissões para cuidar dos rebentos, embora pensem em retornar às mesmas logo assim que eles cresçam. Segundo o IBGE, cresceu em 26% o número dessas mulheres na última década.
Porém, essas mulheres não são aquelas dos anos 60 que não tinham espaço no mercado de trabalho e que eram “obrigadas” socialmente a ter filhos. Segundo Beatriz Cardella, gestalt-terapeuta, “ter filhos deixou de ser uma obrigação social para se tornar uma opção muito vinculada à idéia de plenitude – experiência que as mulheres querem viver intensamente”.
Carregadas de culpa e de enormes conflitos, a maioria das mulheres (60%) ainda retorna ao trabalho depois de terem seus filhos, apesar desse novo cenário. Para essas mães, preocupadas com suas ausências, o Senado aprovou proposta de emenda constitucional que amplia de quatro para seis meses o prazo de licença-maternidade. A proposta segue para a análise da Câmara dos Deputados. A autora do projeto, Rosalba Ciarlini (IDEM-RN) que era médica pediatra antes de se tornar política, justificou sua proposta pela observação de que as mães retornam ao trabalho mais produtivas depois de passarem mais tempo com seus filhos, além da importância do período de 6 meses de amamentação para a saúde do bebê.



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