segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

“Ser uma mulher solteira hoje.”

Ser mulher hoje parece ser bem mais complexo do que era antigamente. Mulheres que estão hoje com 30 anos aproximadamente são filhas do movimento feminista, ou seja, trabalham bastante, não sabem fazer nada na cozinha e nem querem, tem que pensar em suas carreiras, tem alguns “ficantes” e várias amigas com quem dividir suas angústias.
Embora não seja uma vergonha ser solteira aos 20, quando chegam aos 30 e 40 ser solteira vira um problema. Ela sofre pressões e preconceitos por parte da sociedade, parecendo inadequadas. As amigas estão casadas, “felizes” e com suas crias e elas ... solteiras !
Quando ouvimos das mulheres quais seus sonhos e planos, quase em todos está incluída a figura masculina. O que acontece hoje é que valores conservadores convivem com valores contemporâneos. A mesma mulher que paga as contas, que pode tudo e não precisa de nada é a que quer ter uma vida familiar nos moldes da sua mãe.
Márcia Rejane Mercia, analisando em sua dissertação, o programa Sex and the City, diz que ele apresenta uma mulher “aparentemente desprovida de pudores sexuais, mas infeliz caso não tenha um laço afetivo.” Em sua análise, Márcia diz que o final do programa expõe quatro mulheres que tem seu “final feliz”, porém, nos moldes dos romances de folhetim. Embora os diretores do programa tenham dito que o objetivo era mostrar uma mulher “empoderada”, acabam por aprisioná-la em seus paradoxos, já que a saída para sua felicidade e igualdade está sempre dependente do homem. No final, o programa apresenta o ideal de felicidade feminina: um lar seguro em um núcleo familiar!
O que podemos perceber e observar hoje é que a mulher já entendeu que é dona de seu próprio nariz, ela toma suas próprias decisões, paga suas contas, porém não deixa de sofrer por isso. Principalmente em relação a sua vida afetiva, elas ainda sofrem pressões para serem enquadradas nos moldes tradicionais.