terça-feira, 17 de novembro de 2009

Enfim sós ou É o fim sós


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 Dados do IBGE indicam que o número de divórcios aumentou assustadoramente no ano de 2006 em todo o território nacional.  Além disso, também segundo o IBGE, percebe-se que os casamentos estão durando menos tempo. 9,2% dos casais que se separaram em 2005 ficaram casados por até dois anos somente. No ano de 1995, esse número foi de 5,2 %. 


Saímos da casa de nossos pais totalmente despreparados para uma experiência que não tem manual. Preparamos toda a cerimônia, a festa de casamento e a lua-de-mel, gastamos a maior grana em “bem-casados”, porém não pensamos muito em ser bem casados. Casamos por amor, pelo menos diz a maioria, mas o amor é somente um dos fatores necessários para essa difícil arte da conjugalidade. Outras são tão importantes quanto: paciência, compreensão, intimidade, companheirismo, planos conjuntos, sexualidade,...


Além de todas as questões envolvidas no casamento em qualquer época, temos que lidar hoje com as da contemporaneidade, onde a pressa é amiga da perfeição! Numa sociedade como a nossa, onde se valoriza a individualidade e o narcisismo, o casamento ficou fora de moda. Casamento pressupõe construção e construção leva tempo. Hoje em dia não podemos “perder tempo” com nada, tudo tem que vir pronto. Temos que nos atualizar, entrar em comunidades virtuais, ter milhões de amigos e saber de tudo.


Portanto, o que sugerimos é um curso de noivos ! O Trocando Ideias abrirá um espaço onde os pombinhos poderão falar de suas angústias e medos e se prepararem para uma grande aventura: o casamento, se responsabilizando pela dor e delícia de ser o que é!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

MULHERES "QUASE" MARAVILHAS



É muito comum ao abrirmos os jornais e revistas lermos diversas matérias sobre nós, as mulheres maravilhas. Ou seriam quase maravilhas? São muitas as reportagens e entrevistas de artistas e mulheres que trabalham, têm filhos, cuidam da casa e dos maridos e se vangloriam da capacidade de conseguirem dar conta de tantas coisas (inclusive de filhos gêmeos...) e ainda permanecerem magras!
Bem, voltando a nós, simples mortais: vivemos com grandes dilemas. Efetuar todas essas tarefas não é tão fácil assim. Não temos 30 babás, 5 motoristas, nem tanta grana para gastar em massagem e ginástica. Mas damos o nosso jeito...
Esses novos dilemas são fruto da saída da mulher do ambiente privado para o público. Saímos de casa e fomos para as ruas. Desde os anos 50, as mulheres estão em grande transformação, enquanto os homens assistem, muitas vezes assustados, a esse movimento feminino sem entender direito aonde vamos parar. Queimamos sutiãs, passamos a transar por prazer simplesmente e a escolher quando ter filhos e se desejamos tê-los.
Ao ocupar um espaço anteriormente masculino, as mulheres passaram a acumular tarefas e a se equilibrarem nesses diversos papeis. Porém, a exigência que antes era do universo doméstico migrou para o do trabalho. Várias pesquisas mostram que as mulheres executivas são extremamente exigentes e workaholics assim como suas mães eram em seus ambientes domésticos. A contemporaneidade trouxe para a mulher um novo ideal, o do sucesso também fora de casa. Somos independentes, bonitas, sexys e magras!
Propomos aqui não um retrocesso, já que vivemos hoje melhor do que antes, frente à expansão da mulher em cenários antes masculinos. Porém isso tudo teve um preço, um processo de perda de um lugar e construção de um novo. Ainda estamos por aí,  construindo um novo lugar, onde as mulheres desejam, pensam, questionam, brigam e querem seus direitos. Porém, muita calma: todo mundo, homens e mulheres, está envolto nesse mesmo processo, com muitas perdas e ganhos.