quarta-feira, 10 de março de 2010








Homens e Mulheres: um novo território!
Depois de uma temporada de férias voltamos ao blog com força total. Ontem, meu enteado querido reclamou que não havia nada no blog sobre o Dia Internacional da Mulher. Ele entrou no blog “sedento” de algum artigo e nada !!!! Então aí vamos nós!
Desde a revolução feminista que separou a reprodução da sexualidade, passando pela entrada da mulher no mercado de trabalho efetivamente, tentamos costurar alguma história.  Hoje, homens e mulheres se esbarram nos corredores das empresas e nas cozinhas de suas casas. 
Com a célebre frase “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”, Simone de Beauvoir discute o peso de “nascer uma mulher”, deslocando o eixo não mais sobre a natureza e sim sobre escolhas que qualquer sujeito faz em sua vida, podendo tornar-se o que quiser, até uma mulher. Nos sécs. XVIII e XIX, a mulher era vista como “frágil dos nervos”, possuidora de um “cérebro menor”, “naturalmente” inferior ao homem, cabia-lhe a ocupação do espaço privado do lar. Todo o script montado: de filha à esposa e mãe. Repetia-se como algo ideal, nos tempos coloniais, que havia três ocasiões em que a mulher poderia sair do lar durante toda a sua vida: para se batizar, para se casar e para ser enterrada.
 Segundo alguns autores psi, estamos num tempo que nem é mais de total dominação masculina, nem tampouco de total indiferença. Uma nova construção do feminino se anuncia! Mas machos de plantão, tenham calma! Não queimaremos mais sutiãs e continuaremos tendo filhos, porém em menor quantidade! Entretanto, aquele modelo de dominação masculina não nos serve mais, nem às mulheres e nem aos homens. Homens não querem mais mulheres donas de casa, que não contribuam com as despesas de casa, nem mães que só pensem nos filhos e os deixem de lado. Hoje, um novo espaço se constrói a fim de pensarmos o masculino e o feminino.
Hoje, um novo território de constitui, que nos faz pensar a relação do feminino e do masculino, sem papéis naturalmente estabelecidos, deixando nós, homens e mulheres, mais livres para transitarmos por onde queremos e podemos. Pesquisas já mostram que, em casos de casais com filhos, o número de horas dedicadas, por homens "chefes de família", aos afazeres domésticos, aumentou entre 2001 e 2005, passando de 8,8 horas semanais para 9,6. Ainda assim, o tempo das mulheres nessas atividades corresponde a mais do que o triplo do observado para os homens - 29 horas. Mas muita coisa já mudou!