quinta-feira, 8 de abril de 2010

O exercício da paternidade
        Analisando a participação do homem na criação de seus filhos, verificamos que ela vem mudando. Na época tradicional, o homem era simplesmente o provedor, distante e indiferente na relação com seus filhos. A criação destes era pura responsabilidade da mulher. Já na era moderna, começamos a ouvir falar de ausência do pai e suas conseqüências na vida emocional de seus filhos.
Hoje, várias pesquisas já apontam a importância crucial para a criança da convivência com adultos de ambos os sexos.  De acordo com perspectiva desenvolvida por Fein (1978), as únicas funções das quais os homens estão excluídos são a gestação e a amamentação. Segundo este autor, os pais mostram-se extremamente capazes de oferecer carinho e atenção a seus filhos na ausência de suas mães. 
Um novo pai se anuncia! Estudos comprovam sua maior participação no dia a dia familiar e especialmente no cuidado de seus filhos. Podemos perguntar, então: O que um homem/pai quer?
Autores que pesquisam este tema dizem que eles querem mais diálogo e intimidade, mas são preocupados, mais que as mulheres, com suas responsabilidades em relação aos filhos.  Parece que é preciso uma reconstrução do que se define como homem para se chegar neste novo pai. Através da flexibilização da imagem do homem, que diz que ele não pode chorar, não pode ser frágil, etc, é que pais poderão aproximar-se de seus filhos, exercendo uma paternagem afetiva e, não só, provedora. E, mulheres, por favor, não atrapalhem seus companheiros, juntem-se a eles nesta viagem !