terça-feira, 1 de junho de 2010

O amor, um conceito careta hoje!


Não podemos esquecer que somos seres sociais, incluídos em uma cultura consumista, que nos diz o tempo todo para consumirmos mesmo que não precisemos daquele objeto, porque assim seremos felizes! Como, então, falar de amor ou de relacionamentos amorosos hoje?  Amor é um tema que pode ser taxado de “careta” entre os jovens de hoje. A linguagem entre eles é “ficar”, “sair” ou “pegar”. É muito comum ouvirmos entre adolescentes: E aí pegou quantas ontem na balada?
Numa sociedade como a nossa, nos vimos obrigados a comprar objetos que não nos são necessários. Como colecionadores compulsivos, juntamos peças da moda e temos que comprar o tênis da onda senão somos excluídos do grupo, compramos o celular da moda e no dia seguinte um novo modelo é lançado e já ficamos ultrapassados. Portanto, como pensar a ideia de viver e amar alguém a vida toda? Como pensar na idéia de continuidade, permanência numa sociedade tão rápida e efêmera? Isso pode parecer impensável para seu filho ou sobrinho de 16 ou 17 anos. Como nos diz a psicanalista Malvine Zalcberg, “todo o discurso que se assemelha ao capitalismo deixa de lado tudo o que chamamos das coisas do amor. Os sujeitos contemporâneos desconhecem a diversidade e a particularidade de sua relação com o outro. (...) O homem vive em nosso tempo enredado no dilema entre a necessidade de ser querido e o desejo de manter-se livre.”
Temos que pensar que o amor leva tempo para se constituir, é um processo e significa renúncia. Ele não é um produto de uma experiência que acontece à primeira vista, nem uma sensação ou uma fantasia, o amor pertence à vida real, exige ações decisivas e comportamentos concretos. Independentemente da época em que vivemos, o desejo de amar e de encontrar um parceiro amoroso é universal entre homens e mulheres.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto...
    Mas a grande dificuldade é quebrar esse ciclo vicioso, como sair?
    Atualmente valores até mais nobres como família tem sido descartamos...
    Mesmo quando temos certeza das nossas convicções a massificação feita pela mídia induz a duvida...

    Dizem que a sociedade pode ser comparada a uma manada: 90% só acompanham, 9,8% conseguem visualizar a direção correta e 0,2% ditam as regras.

    Att

    Raphael
    Especialista de MKT

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